Os implantes curtos e os implantes estreitos são ótimas soluções para casos complexos, como pouca altura ou espessura óssea e espaço pequeno entre dentes. Continue a leitura para saber mais sobre as características e as indicações de uso dos dois tipos de implante.
1. Qual o benefício dos implantes curtos?
A escolha do sistema adequado de implantes curtos ajuda a torná-lo um recurso que minimiza riscos de lesões em estruturas anatômicas nobres e evita a necessidade de um enxerto ósseo. A maior resistência da interface osso/implante ajuda a compensar a falta de comprimento do implante. Porém, é preciso ter em mente que a superfície do implante precisa aumentar o contato entre osso/implante por unidade de comprimento da peça para favorecer a osseointegração.
2. Quais aspectos de design devem ser analisados ao escolher um implante curto?
Para que o processo de reabilitação seja previsível e tenha sucesso, é preciso considerar alguns dos aspectos do design de um implante curto. A superfície dele precisa favorecer a osseointegração, o que faz com que uma superfície de nanopartículas de hidroxiapatita seja um grande diferencial. Já a região do módulo da crista precisa ter elementos de retenção que evitem o cisalhamento e distribuam melhor as tensões. Isso impede a perda óssea peri-implantar que acontece normalmente em implantes convencionais.
3. Qual o melhor tipo de conexão para o implante curto?
A conexão cone-morse permite que a força aplicada sobre a coroa seja transmitida para o implante ao longo do eixo do cone. Desta maneira, as forças são melhor distribuídas e chegam ao osso em menor intensidade, o que evita a tendência de perda óssea por sobrecarga. A conexão cone-morse também estabiliza a coroa no caso de cargas laterais, protegendo o parafuso passante e evitando afrouxamentos, solturas da prótese e fraturas.
4. Os implantes estreitos só devem ser usados para reposição de incisivos inferiores e superiores?
Embora a recomendação mais tradicional seja de reposição de incisivo inferior ou de incisivo lateral superior, os implantes estreitos também podem ser usados quando as raízes adjacentes ao espaço edêntulo estejam próximas e não seja possível utilizar um implante com diâmetro padrão, bem como para evitar a cirurgia de aumento ósseo. Mas é preciso tomar cuidado com o ajuste oclusal da prótese em relação aos implantes em dentes que não são incisivos inferiores ou laterais superiores, pois eles têm uma demanda funcional maior. Aliás, não é comum usar implantes estreitos em áreas posteriores, pois há mais chance de fratura do implante ou da conexão devido à carga mastigatória.
5. O implante estreito pode ser usado em região há muito tempo edêntula?
No caso de regiões edêntulas há muito tempo, os implantes estreitos também são boas alternativas. Isto porque é muito comum essas regiões apresentarem uma reabsorção óssea intensa, além de o tratamento da superfície dos implantes estreitos aumentarem o contato entre o osso e o implante de acordo com estudos, o que é muito importante no caso de parafusos estreitos, que têm uma área menor do que um implante padrão.