A estabilidade primária é um conceito mecânico que diz respeito à resistência de instalação de um implante no alvéolo cirúrgico. Isto é, o grau de firmeza que ele apresenta naquela região no momento em que é colocado na cavidade bucal.
O assunto é de extremo interesse de todos os implantodontistas e, por isso, convidamos o cirurgião-dentista Fábio Rodrigues de Azevedo, membro do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da S.I.N. Implant System, para criarmos este conteúdo especialmente para você!
O dr. Fábio Azevedo vai esclarecer aqui tudo o que você precisa saber sobre como a macrogeometria, ou o design, impacta na estabilidade e no sucesso dos implantes.
Conforme explica o especialista, é fundamental que o implantodontista compreenda os conceitos de macrogeometria e de estabilidade primária para saber como conduzir cada caso, com o objetivo de tomar as melhores decisões quanto à escolha do implante.
E é interessante observar que a estabilidade primária tem uma influência enorme sobre o processo de osseointegração, como veremos a seguir!
O que é a macrogeometria do implante?
É importante saber que os implantes dentários não são todos iguais. Eles se diferenciam pela macrogeometria que apresentam e que define algumas das suas características.
Conforme o dr. Fábio Azevedo, “a macrogeometria nada mais é do que o desenho do implante”. Examinando o implante, diz o especialista, é possível enxergar se ele tem roscas muito profundas, mais ou menos espaçadas, e outras características que dizem respeito ao design e indicações clínicas do produto.
E qual é a influência da macrogeometria na estabilidade primária?
Ao longo do tempo, os dentistas foram observando que o desenho do implante influenciava as tensões produzidas no tecido ósseo. Sendo assim, surgiram diferentes desenhos de implantes, com o intuito de estabelecer uma geometria que favorecesse o processo de estabilidade primária.
Por estabilidade primária entende-se a resistência máxima ao movimento do implante, após sua instalação. O objetivo aqui é a melhor fixação possível do implante, buscando um equilíbrio perfeito, diante de movimentações.
Ao longo do tempo foi comprovado que características relacionadas a forma, comprimento e diâmetro do implante eram fundamentais para sua melhor fixação no osso, garantindo, assim, a estabilidade primária.
Ou seja: o objetivo é encontrar o ponto ideal de firmeza,eliminando a compressão excessiva no osso, e, também, minimizando o risco de o implante ficar solto no alvéolo dentário. Uma eventual instabilidade do implante na arcada dentária teria como consequência movimentações que poderiam interferir e prejudicar a formação do novo tecido ósseo.
Por exemplo, se o implante for inadequado quanto à sua macrogeometria podem ocorrer lesões em excesso no osso – levando a uma osseointegração mais demorada ou até a uma necrose celular.
Já com a escolha da macrogeometria ideal, é possível distribuir melhor as tensões, favorecendo a melhor resposta do organismo para a fixação do implante, e, assim, conquistar o sucesso pleno da cirurgia.
Mas aqui vale uma observação importante: a estabilidade primária será alcançada pelo desenho do implante (a macrogeometria) aliado às técnicas cirúrgicas, indicadas após a análise das condições clínicas e, sobretudo, da condição óssea do paciente.
Outro ponto importante é mencionar que o desenho do implante também é fundamental para definir se o dentista poderá optar pela carga imediata.
Lembrando que a carga imediata é a técnica que permite a colocação da prótese sobre o implante, de um a três dias após a cirurgia.
Deu para notar a importância de todas essas questões e como a macrogeometria é determinante para o ajuste perfeito do implante, não é mesmo?
Características da macrogeometria
No início da implantodontia, os implantes eram normalmente cilíndricos e não tinham roscas ou possuíam roscas arredondadas e estreitas. De forma geral, eles não apresentavam boa estabilidade primária, sobretudo em osso de baixa densidade, e também tinham maiores índices de reabsorção óssea.
Assim, na tentativa de solucionar estes problemas, surgiram os implantes rosqueados, capazes de aumentar o contato entre a superfície do dispositivo e a do osso, ajudando no processo de osseointegração. Isso ocorre porque as roscas ocasionam um maior travamento do implante no tecido ósseo.
Também foi observado que uma certa irregularidade poderia ser algo interessante. Isso porque evidenciou-se que quando há distâncias diferentes entre os filetes das roscas, em geral, o implante fica mais estável.
De forma geral, existem diferentes tipos de macrogeometria, como implantes cilíndricos, cônicos e híbridos.
No que se refere aos implantes rosqueados, há diferentes formatos, e, assim, as roscas podem ser classificadas como triangulares, quadradas e trapezoidais, entre outras variações.
Com a evolução da técnica, notou-se, ainda, que existia uma relação íntima entre a densidade do osso e a geometria do implante.
Assim, os implantes cilíndricos se comportam melhor quando há alta densidade óssea. Já os cônicos são bastante indicados para locais onde o tecido ósseo tem menor densidade. E os híbridos – que misturam o formato cônico e cilíndrico – facilitam bastante a prática cirúrgica, uma vez que os implantes híbridos são considerados os mais modernos e democráticos da atualidade, pois atendem a todos os perfis de pacientes.
Há, ainda, os implantes que contêm a chamada câmara de cicatrização, que aceleram e melhoram o processo de cicatrização.
Falando nisso, estas câmaras de cicatrização, acopladas aos implantes, produzem menor compressão óssea, favorecendo uma excelente osseointegração. Logo, haverá uma resposta mais imediata do organismo, com uma ancoragem mais rápida do implante no tecido ósseo.
Quando nas condições ideais, o período de osseointegração na região do implante gira em torno de 28 dias, o que hoje é a melhor resposta que se encontra a partir da instalação de um implante premium – como é o caso de todos os implantes da S.I.N. – desde que o paciente tenha um quadro clínico considerado ideal.
Enfim, a resposta do organismo ao processo de osseointegração está intimamente relacionada à macrogeometria dos implantes.
Estabilidade primária e condição sistêmica do paciente
De forma geral, o tecido ósseo mais rígido favorece a estabilidade primária do implante.
E aqui é importante ter em mente a influência da condição sistêmica do paciente, isto é, sua saúde como um todo, o que, é claro, deve levar em conta sua qualidade óssea.
É preciso mencionar que há locais na cavidade bucal onde o osso apresenta maior rigidez – em geral, nas regiões frontais da arcada dentária. No entanto, há pontos nos quais a estrutura é menos densa, como na região posterior da arcada dentária.
A idade do paciente é outro fator que influencia na estabilidade do implante. Um idoso, por exemplo, terá geralmente um tecido ósseo menos denso do que uma pessoa mais jovem. Para um correto diagnóstico da qualidade óssea de cada paciente, recomenda-se que seja realizada a tomografia computadorizada na fase do pré-operatório, o que vai ajudar o implantodontista a decidir pelo melhor implante a ser utilizado.
A estabilidade primária do implante pode ser calculada por meio da mensuração do torque de inserção, medido com o auxílio de um torquímetro cirúrgico ou, ainda, após análise de frequência de ressonância, visto que torques iguais ou superiores a 32 NCM, assim como índices iguais ou superiores a 70 ISQ são considerados ideais.
De posse destes dados (qualidade óssea, idade do paciente e anamnese da sua condição básica de saúde), será escolhida uma determinada macrogeometria a fim de garantir a estabilidade do implante.
Vale destacar que o implante Epikut, da S.I.N. Implant System, reúne características que garantem uma excelente estabilização primária, devido à sua macrogeometria.
A revolucionária macrogeometria do implante Epikut
Lançado em outubro de 2020, o implante Epikutjá é sucesso absoluto de vendas da S.I.N. Seu nome remete, justamente, à palavra “épico”, usada para adjetivar um feito memorável, uma proeza, e o “cut”, do inglês “corte”, indica o alto poder de corte que o implante promove.
Com tecnologia precisa e de fácil penetração nos tecidos orais, o implante Epikut apresenta linhas diagonais, o que permite um poder de corte duas vezes maior em relação à maioria dos implantes presentes no mercado, e ele tem ápice cortante e roscas trapezoidais com apoio invertido. Além disso, seu design proporciona mais segurança e estabilidade. Isso porque ele fica tão firme na arcada dentária que o paciente já se torna apto a receber o dente, mesmo que provisório, no mesmo dia da colocação do implante, em boa parte dos casos clínicos.
Por trás do Epikut estão doze anos de pesquisas científicas em Odontologia realizadas junto a algumas das melhores universidades do mundo, como Universidade do Michigan (EUA), Universidade de Leuven (Bélgica), Universidade de São Paulo/USP e Universidade Estadual Paulista/Unesp (Brasil).
Com isso, os modelos de implantes Epikut e Epikut Plus: CM (cone morse) e HE (hexágono externo) favorecem exponencialmente os bons resultados e o trabalho do implantodontista.
Como sabemos, o sucesso do tratamento com implantes depende muito das decisões tomadas pelo implantodontista, que inclui as técnicas e materiais utilizados, com especial importância para a escolha do implante para o qual ele dará preferência. Logo, estudar as características da macrogeometria das linhas disponíveis no mercado é essencial para alcançar excelentes resultados.
Ao entender de que maneira a macrogeometria vai influenciar nas respostas do organismo, vamos conseguir escolher as soluções mais adequadas para cada caso clínico, elevando a qualidade do trabalho realizado.
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