A perda de implantes no processo cirúrgico diminuiu graças ao avanço da tecnologia, dos equipamentos e dos recursos de diagnóstico… ainda bem!
Conheça os 3 principais motivos da perda de implantes no processo cirúrgico e fatores que causaram uma importante reviravolta no campo da Implantodontia.
Convidamos o dr. José Medeiros Filho, especialista em Reabilitação Oral e Implantes e embaixador da S.I.N. Implant System para falar sobre o tema. Confira:
1. Planejamento limitado
O sucesso do tratamento com implantes depende em grande parte do planejamento criterioso. Durante muito tempo, porém, o dentista só conseguia fazer uma leitura bidimensional da área a ser tratada. O exame usado como referência para programar a abordagem era a radiografia panorâmica. Ela possibilita visualizar dentes, maxila e mandíbula, mas nem sempre avaliar a espessura e a qualidade óssea dessas estruturas.
Ou seja, o profissional dispunha de dados sobre altura e largura do limite ósseo. Mas, ao abrir o local, poderia se deparar com situações inesperadas, como um rebordo em lâmina de faca, com espessura muito fina e com a qualidade óssea ruim. Esta situação pode gerar dificuldade técnica operatória e mudança do planejamento cirúrgico, até mesmo no tipo, superfície e tamanho do implante já selecionado. Isso durante o transoperatório, de última hora, o que pode, em muitos casos, gerar defeitos ósseos e como consequência um maior processo inflamatório no pós-cirúrgico, aumentando os riscos de perda do implante.
E qual a solução?
Hoje, com a utilização da tomografia computadorizada e do escaneamento intraoral, é possível colher imagens tridimensionais e informações mais detalhadas e precisas, assim como verificar a quantidade e a qualidade de mucosa, a qualidade e o tipo ósseo do rebordo a ser operado, se o osso em questão é mais denso ou poroso… além de metrificar minuciosamente cada distância óssea e simular a instalação de implantes através do software de planejamento, realizando a cirurgia previamente de forma virtual.
E isso é fantástico, já que permite que o dentista se programe para possíveis intercorrências, criando uma margem de segurança das estruturas nobres da face, como seios maxilares e nervos, além de posicionar de forma tridimensional o melhor ângulo cirúrgico e protético e evitando a perda de implantes.
Ou seja, dispondo de informações mais amplas para discussão no pré-cirúrgico, as chances de se defrontar com problemas imprevistos no transcirúrgico caem bastante.
Acima de tudo, sabemos que a tendência é fazer o chamado planejamento reverso, isto é, primeiro o profissional planeja a reabilitação oral protética que irá guiar todo o processo cirúrgico de implantes osteointegrados.
2. Abordagem analógica
O principal ativo que o dentista que utiliza a abordagem analógica tem a seu favor é sua capacidade técnica e seu próprio olhar.
Ao executar o corte, para enxergar melhor o osso, o dentista precisa fazer um deslocamento de tecido que pode causar um processo inflamatório. Fora isso, a possibilidade de leve desvio na hora da perfuração durante o procedimento cirúrgico, que tanto poderia ocorrer pelo fato de o paciente apresentar um sangramento muito intenso como por um outro contratempo, tiraria o implante do seu melhor posicionamento e criaria situações impensadas.
E qual a solução?
Com a tecnologia, o procedimento se tornou mais previsível. É aí que vale falar do safe drill, limitador que controla o diâmetro e a profundidade da perfuração para a colocação de implantes. E não podemos esquecer da cirurgia guiada, na qual o processo é totalmente padronizado e controlado. Nesta modalidade, o guia cirúrgico é feito de resina líquida, que endurece ao ser exposta à luz. O guia é então encaixado e estabilizado na arcada dentária ou rebordo do paciente, guiando e padronizando a sequência de fresagem e descida do implante, posicionamento e inclinação durante a cirurgia.
Em resumo, o dentista não vai além, nem menos do que deveria: executa com precisão e com padronização o que foi planejado.
As cirurgias se tornaram mais rápidas e sem cortes, o que aumenta a possibilidade de reparo do tecido e abrevia o período de recuperação e cicatrização!
3. Acompanhamento inadequado também pode gerar a perda de implantes
Um dos fatores que podem levar à perda de implantes é o aparecimento de inflamações ao redor do tecido no pós-cirúrgico. Daí a importância de orientar bem o paciente nas primeiras 48 horas, como uso de medicamentos, realização de compressas geladas no local, alimentação líquida e gelada, técnica de higienização correta da área.
E qual a solução?
O dentista deve monitorar de perto a evolução do quadro clínico 2 ou 3 dias após a cirurgia, para verificar se o processo está evoluindo conforme o esperado. Caso fuja do previsto, intervir precocemente é fundamental para não acontecer a perda de implantes. Lembre-se: por mais que a tecnologia contribua bastante para esse estágio, nada substitui o feeling do bom profissional!
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